A literatura de cordel é um gênero literário popular no nordeste do Brasil, especialmente nos estados de Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte. É caracterizada pela escrita em versos, geralmente em estrofes de seis ou sete versos, e pela utilização de rimas. Os cordéis são impressos em folhetos, que são vendidos nas feiras e mercados, pendurados em cordas, daí o nome “literatura de cordel”. Os temas abordados nos cordéis são variados, incluindo histórias de amor, aventuras, lendas, crônicas, sátiras sociais, críticas políticas, entre outros. A origem da literatura de cordel remonta ao século XVI, com a chegada dos colonizadores portugueses ao Brasil. A tradição oral de contar histórias foi adaptada para a escrita e os folhetos começaram a ser produzidos em grande quantidade a partir do século XIX. A linguagem utilizada nos cordéis é acessível e coloquial, com o objetivo de alcançar um público amplo e popular. Os versos são marcados pela musicalidade e ritmo, e muitas vezes são acompanhados de ilustrações simples. Além de ser uma forma de entretenimento popular, a literatura de cordel também é considerada uma expressão cultural e artística importante, preservando tradições e valores da cultura nordestina.
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